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Lançamento da 1.ª Pedra do Centro de Recolha Oficial de Animais de Resende e Baião

Os Presidentes das Câmaras Municipais de Resende e de Baião, respetivamente, Garcez Trindade e Paulo Pereira, procederam ao lançamento da 1.ª pedra do Centro de Recolha Oficial de Animais (CRO), numa cerimónia que decorreu no dia 8 de janeiro de 2021, no local da construção, Quinta de Brinces, União das Freguesias de Felgueiras e de Feirão.

Recorde-se que os municípios de Resende e de Baião apresentaram uma candidatura conjunta no âmbito do Programa de concessão de incentivos financeiros para a construção e modernização de Centros de Recolha Oficial de animais de companhia, lançado em 2018 pelo Governo que veio a ser aprovado, a par com mais 16 entidades a nível nacional. Depois de algumas visitas técnicas a eventuais locais de implantação do projeto, a duas autarquias acordaram que seria Resende a receber a infraestrutura.

Garcez Trindade referiu no local que não gostaria que esta “nova casa de acolhimento se transformasse num depósito de animais por tempo indeterminado”, acrescentando que “a adoção é um ato de cidadania e uma resposta também para a medida civilizadora que adotámos de não abater os animais que são recolhidos por terem sido abandonados”.

O autarca de Resende lembrou, ainda, que “os donos dos animais são os primeiros responsáveis por eles, e não o Estado”, para sublinhar “a importância da esterilização e das campanhas de adoção”.

Paulo Pereira explicou que o espaço “vai permitir gerir de forma mais eficaz a captura e a recolha de animais errantes nos dois concelhos, para além de permitir a implementação de uma estratégia comum de controlo dos animais errantes e promover medidas ativas de adoção de animais de companhia”.

Para o autarca baionense, que salientou as relações salutares que o seu município mantém com Resende, “esta problemática não se esgota com a construção do CRO”, salienta.

O investimento global é de 496 mil e 73 euros, comparticipados em 100 mil euros pela Direção Geral das Autarquias Locais e o restante, repartido pelos dois municípios em partes iguais – 198 mil euros a cada autarquia, sendo que o espaço, cujas obras têm um prazo de execução de 360 dias, vai ter capacidade para 120 cães e 36 gatos.

O novo CRO vai dispor de instalações sanitárias e salas de espera, enfermaria, vacina e recobro, assim como um hall coberto, um hall multiusos e 30 boxes de alojamento. Há 18 metros quadrados para receber felinos, boxes para animais de grande porte, sala de preparação de alimentos, de higienização, lavagem de material, de quarentena e de resíduos, acompanhadas por um pátio de recreio.

Desde 23 de setembro de 2018 passou a ser proibido o abate de animais em centros de recolha oficial de animais por motivos de sobrepopulação, de sobrelotação, de incapacidade económica ou outra que impeça a normal detenção pelo seu detentor.
De acordo com a lei, os animais acolhidos pelos centros de recolha oficial que não sejam reclamados pelos seus donos no prazo de 15 dias, a contar da data da sua recolha, são considerados abandonados e são obrigatoriamente esterilizados e encaminhados para adoção.