Decorreu no dia 29 de março, em Resende, mais um Serão de Aldeia “Tradição e Inovação – Resiliência em Meio Rural”, desta vez subordinado ao tema da doçaria regional.
A iniciativa da Dolmen iniciou-se com a visita a uma produção familiar de cavacas, onde a produtora Maria da Graça explicou todo o processo de produção deste doce e vincou a influência de fatores externos na qualidade do produto final, nomeadamente o aquecimento do forno, que deve ser realizado com a lenha de sobrantes das podas das videiras.
O serão propriamente dito decorreu num restaurante local e iniciou com as intervenções do Presidente da Câmara Municipal de Resende, Garcez Trindade, e da Presidente da Dolmen, Cristina Vieira.
Seguiu-se um debate com os testemunhos das produtoras de cavacas Antónia Pinto e Maria da Graça, que falaram sobre os desafios da valorização e promoção do produto local; de Ricardo Ribeiro da “Confeitaria da Ponte” de Amarante, cuja intervenção incidiu no tema “Os doces conventuais de Amarante, uma oportunidade”; de José Sousa, Presidente da Associação de Produtores de Pão de Ló de Ovar, que ressalvou a importância da certificação para a valorização do produto. O debate foi moderado por Pedro Carvalhaes (RURIS).
A discussão centrou-se na importância do associativismo dos produtores, da manutenção da qualidade garantida pelo fabrico artesanal, da inovação designadamente ao nível da conservação e da certificação, enquanto mecanismo de defesa do produto.
O Serão encerrou com as notas finais de Elsa Pinheiro, Coordenadora da Dolmen,
Com esta iniciativa pretendeu-se promover a reflexão sobre a importância e o contributo que a doçaria representa para o desenvolvimento sustentável do Douro Verde, em termos económicos e sociais.